Esse dia, diferente do dia 08 de Março, foi instituído no calendário feminista após o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, ocorrido no ano de 1992, na cidade de São Domingo, na República Dominicana.
Neste encontro, que contou com a representação de 70 países, decorreram duas decisões: a criação da Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas e a definição do 25 de julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha.
A principal razão para esse encontro, foi de discutir as especificidades das mulheres negras dos países da América Latina, onde historicamente há, e sempre houve, lutas para a emancipação das mulheres, tem grandes diferenças da chamada emancipação feminina da Europa.
Partindo da necessidade de refletir políticas, o movimento negro brasileiro tem colaborado por considerarmos uma luta necessária para avançar na efetivação de direitos que colaboram com uma visão mais singular do feminismo negro, das necessidades dessas mulheres que a visão do movimento feminista geral não inclui.
A mídia pouco contribui para divulgar esse dia e é uma tarefa do movimento feminista negro, participar e contribuir com a ampliação do 25 de Julho, tendo como principal objetivo a aglomeração das lutas das mulheres negras e assim ampliar e fortalecer as suas organizações e sua identidade, construindo estratégias para o enfrentamento do racismo e do sexismo.
E como contribuição, a gestão 1 Por Todxs DCE UERJ, pela pasta de Combate às Opressões, realizará no dia 10 de Julho o 1º Sarau Abayomi.
Contamos com todas e todos para homenagearmos a mulher negra, bem dizendo suas lutas diárias e rascunhando em folha de papel seu lindo sorriso e olhos brilhantes de quem conseguiu ir além do que esperavam, contamos com todas e todos que vivenciem momentos de euforia e formosa simplicidade de uma homenagem manifestada para não ficar só em letras exalando inspiração, mas que também de façam presente nas pinceladas, que de forma única embaraçam todo aquele belo cabelo crespo que parecem saltar das telas embranquecidas.
Nós mulheres negras lutamos pelo reconhecimento da igualdade enquanto mulheres e da especificidade enquanto negras!
"Além disso, o seguinte: sou negra e mulher. Isso não significa que eu sou a mulata gostosa, a doméstica escrava ou a mãe preta de bom coração. Escreve isso aí, esse é o meu recado pra mulher preta brasileira. Na boa."
Lélia Gonzalez
Link para inscrição no Sarau Abayomi AQUI!
Fonte: http://www.circulopalmarino.org.br/2013/07/dia-25-de-julho-dia-internacional-da-mulher-negra-latino-americana-e-caribenha/
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